O desenlace de impasse disputas gestadas muitas vezes em décadas de contradições nas sociedades latino-americanas, e que tem como base as históricas injustiças e as profundas desigualdades na distribuição da renda, nem sempre terminou em crises revolucionárias. Entretanto, reformas e modificações económico-sociais, de diferentes intensidades e marcadas pelo signo da violência política, foram um denominador comum a quase todas as histórias nacionais. E é dessas experiências, independente do potencial transformador das estruturas sociais que as mesmas puderam alcançar, que queremos tratar neste livro, a partir do estudo de alguns casos: Colômbia, Paraguai, Argentina, Venezuela, Guatemala e Bolívia. Estamos agora, com uma história do tempo presente latino-americano, vivenciando novas mudanças, mas com a amarga fatura sendo cobrada de um processo de "democratização" no qual nunca se deixou de criminalizar ao movimentos sociais. Uma perspectiva que abre para entendermos os "progressismos" que vivenciamos na primeira década do século XXI como parte de um longo ciclo de lutas, que ultrapassa a esses mesmos governos.
Edições Diálogos
A reflexão sobre as questões metodológicas inerentes ao ensino de história, empregadas na problematização dos conceitos de revolução e de movimentos sociais, é o objetivo principal desta publicação. O traço teórico que permeia toda a obra, constituída por cinco capítulos, caracteriza-se pela produção de conhecimento histórico a partir de documentos e, sobretudo das experiências dos historiadores e das historiadoras que contribuem para a construção de uma narrativa histórica que registra as experiências sociais, culturais, políticas, dentre outras, das pessoas e suas relações com o mundo.
O livro é resultado de parte das atividades desenvolvidas por um grupo de alunos que integraram o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid) do curso de História da Universidade Estadual de Maringá, Campus Regional do Vale do Ivaí (UEM/CRV). Além das atividades de formação docente desenvolvidas em dois colégios estaduais – o CE Antônio Diniz Pereira, na cidade de Ivaiporã/PR e o CE Geremia Lunardelli, na cidade de Lunardelli/PR – os bolsistas foram incentivados a produzir textos que pudessem ampliar o conhecimento e proporcionassem experiências no exercício da escrita histórica. Assim sendo, os textos que ora vem à luz devem ser lidos com um olhar generoso. São textos de alunos de graduação. Portanto, textos passíveis de serem aprimorados, tanto em relação à construção da análise quanto da escrita. O livro obteve financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e é distribuído gratuitamente.
O desenlace de impasses e disputas gestadas muitas vezes em décadas de contradições nas sociedades latino-americanas, e que tem como base as históricas injustiças e as profundas desigualdades na distribuição da renda, nem sempre terminou em crises revolucionárias. Entretanto, reformas e modificações económico-sociais, de diferentes intensidades e marcadas pelo signo da violência política, foram um denominador comum a quase todas as histórias nacionais. E é dessas experiências, independente do potencial transformador das estruturas sociais que as mesmas puderam alcançar, que queremos tratar neste livro, a partir do estudo de alguns casos: Colômbia, Paraguai, Argentina, Venezuela, El Salvador e Bolívia. Estamos frente a estudos diversos, de movimentos transformadores e mesmo transgressores, que se deram não apenas em períodos históricos relativamente curtos. Algumas experiências com potencial de mudança das estruturas sociais de alcances limitados, mas que não deixam de ser revolucionárias, pois a violência amparou minimamente alterações no status quo. Experiências que passamos a viver nessas últimas décadas do século XX em situação aparentemente paradoxal, pois ao mesmo tempo em que esteve em curso "processo(s) democratizador(es)", ampliou-se a criminalização das lutas sociais.
A experiência imigratória e migratória no norte do Estado do Paraná tem sido enriquecida, nos últimos anos, por uma série de estudos, os quais tem abordado a imigração japonesa, a italiana, a alemã e outras. O caso de Rolândia e da imigração judia e alemã para a região também já recebeu a atenção de vários pesquisadores e historiadores, profissionais ou amadores, os quais têm abordado os vários aspectos dessa imigração e as potenciais tensões entre judeus e alemães em pleno contexto do nazismo e da Segunda Guerra Mundial. Esse livro é mais uma contribuição para o tema. Importante destacar, no entanto, que o livro tem capítulos escritos em português e alemão.
O desenlace de impasse disputas gestadas muitas vezes em décadas de contradições nas sociedades latino-americanas, e que tem como base as históricas injustiças e as profundas desigualdades na distribuição da renda, nem sempre terminou em crises revolucionárias. Entretanto, reformas e modificações económico-sociais, de diferentes intensidades e marcadas pelo signo da violência política, foram um denominador comum a quase todas as histórias nacionais. E é dessas experiências, independente do potencial transformador das estruturas sociais que as mesmas puderam alcançar, que queremos tratar neste livro, a partir do estudo de alguns casos: Colômbia, Paraguai, Argentina, Venezuela, Guatemala e Bolívia. Estamos agora, com uma história do tempo presente latino-americano, vivenciando novas mudanças, mas com a amarga fatura sendo cobrada de um processo de "democratização" no qual nunca se deixou de criminalizar ao movimentos sociais. Uma perspectiva que abre para entendermos os "progressismos" que vivenciamos na primeira década do século XXI como parte de um longo ciclo de lutas, que ultrapassa a esses mesmos governos.
O livro de Guilherme Alves Bomba é uma contribuição importante para a história local e regional. Tomando como referência a cidade de Apucarana, na região norte do Paraná, o estudo analisa a conjuntura econômica e política da cidade, com foco no período da Ditadura Militar. O autor destaca como a Ditadura Militar irradiou-se pelo interior do país, estendendo seus tentáculos aos pequenos e médios municípios, vigiando e controlando organizações sociais e religiosas, entidades estudantis, veículos de divulgação jornalística e pessoas que pudessem fazer algum tipo de contestação ao regime de exceção estabelecido em 1964.
O livro é composto por oito textos. No primeiro deles, os autores procuram responder à questão chave do livro: o que são direitos humanos? E para isto, fazem uma radiografia histórica do nascimento e do desenvolvimento do tema nos últimos 200 anos, demonstrando as várias fases do debate, sobretudo como ganhou força a partir da Revolução Francesa e se ampliou com a fundação da Organização das Nações Unidas (ONU). Retratam também o desdobramento da discussão dos direitos humanos no Brasil. Outros seis textos foram redigidos pensando em contribuir para o exercício de práticas educativas no espaço escolar. Três deles abordam conceitos fundamentais para o entendimento do problema: violência, cidadania e diversidade. E como desdobramento destes conceitos, foram elaborados os outros três textos, que tratam especificamente das relações étnico-raciais, da questão de gênero e da sexualidade, e da inclusão no espaço escolar. Os autores destes seis textos, com o objetivo de tornarem os escritos úteis para as práticas educativas no espaço escolar, além da fundamentação teórica e dos exemplos concretos, formularam algumas dicas pedagógicas para ajudar os professores da educação básica e os seus alunos a ampliarem as discussões temáticas. São dicas de como saber mais sobre o assunto, dicas de filmes e dicas de leituras. O texto que fecha o livro tem como objetivo ressaltar a importância de se educar para os direitos humanos. E para isso é necessário que cada interlocutor/a, à sua maneira, construa pontes para que se efetive no espaço escolar uma dinâmica de valorização da dignidade humana. E valorizar a dignidade humana é lutar contra todo tipo de preconceito, desde o racismo, as práticas que não promovem a inclusão, as violências físicas, simbólicas e institucionais, a intolerância cultural, religiosa ou de gênero e as invisibilidades sociais de grupos vulneráveis.
A publicação deste e-book é o resultado dos trabalhos apresentados durante o I COLÓQUIO INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS E POLÍTICAS DE MEMÓRIA, que foi realizado na Universidade Estadual de Maringá/PR, entre os dias 13 e 14 de junho de 2019. O evento foi promovido pelo Grupo de Pesquisa Sobre Direitos Humanos e Políticas de Memória (DIHPOM/UFPR/UEM) e os Programas de Pós-Graduação em História da UFPR e da UEM, tendo como tema central: Cidadania, Violência e Direitos Humanos, que dá título a este e-book. O objetivo central do evento foi proporcionar uma reflexão sobre as ressonâncias da violência praticada em governos e sistemas autoritários que afetaram e ainda afetam os segmentos da sociedade ditos vulneráveis relativamente à aquisição de bens de cidadania, tais como mulheres, indígenas, camponeses, quilombolas, imigrantes diaspóricos e grupos LGBTs, entre outros. Participaram do evento aproximadamente 250 pesquisadores da área de história e das ciências humanas e sociais, entre professores universitários, professores da educação básica, alunos de pós-graduação e de graduação. Foram apresentados 105 trabalhos, dos quais 75 estão sendo publicados neste e-book. Os resumos dos demais podem ser encontrados neste endereço na web: http://eventos.idvn.com.br/eventos/coloquio2019/arquivos/programacao_apresentacao_trabalhos.pdf O evento teve a seguinte comissão organizadora: Angelo Priori, Ana Lúcia da Silva, David Antônio de Castro Netto, Leandro Brunelo, Manoel Adir Kischener e Márcio José Pereira (todos da UEM). A comissão científica do evento foi formada pelos seguintes pesquisadores, que agradecemos por todo o trabalho realizado: Adrianna Cristina Lopes Setemy (UFPR), Angelo Priori (UEM), Carla Cristina Nacke Conradi (Unioeste), Daniel Lvovich (UNGS, Argentina), Daniel Weingäertner (UFPR), Davi Antônio de Castro Netto (UEM), Elizabeth Canceli (USP), Emerson Gabardo (UFPR-PUC/PR), Emílio Crenzel (UBA, Argentina), Fernando Bagiotto Botton (UESPI), Joseph Handerson (UFAP), Márcio José Pereira (UEM), Marcos Gonçalves (UFPR), Marionilde Dias Brephol de Magalhâes (UFPR), Ozias Paese Neves (USP), Renata Senna Garrafonni (UFPR), Renato Carneiro (Museu Paranaense), Roseli Boschilia (UFPR) e Samantha Viz Quadrat (UFF). Agradecemos à Fundação Araucária, ao CNPQ e à UEM, por meio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG), que possibilitaram a viabilidade do evento e desta publicação.